Testemunho pra refletir!

Oi gente, como está sendo essa semana pra vocês? Tudo na paz de Deus?
Bem, hoje eu estava lendo alguns posts do blog da Cristiane Cardoso, já conhecem? Se ainda não, não perca mais tempo, ela, juntamente com sua equipe de colunistas tem sempre uma palavra edificadora pra nossas vidas.
E falando em palavras que edificam, encontrei nesse blog um testemunho que arrancou lágrimas dos meus olhos e me fizeram refletir sobre tantas coisas. Um testemunho que fala do amor de Deus - porque só com esse amor podemos tomar atitudes que parecem ser extremamente difíceis ou até impossíveis -, como por exemplo: perdoar uma pessoa que matou seu filho. Essa história também traz pra gente a importância de perdoar e grita pelo basta à violência contra mulheres. Enfim, leiam do começo ao fim, vocês vão amar!

"Desde pequena vivi uma vida de violência. Cresci com muitos traumas por causa do meu pai, que bebia demais, vivia agressivo e em conseqüência agredia minha mãe, eu e meus irmãos.
Ele batia muito em nós.

E para fugir daquela vida, sai de casa quando conheci uma pessoa que eu acreditava ser o meu príncipe encantado e vim para Curitiba para morar com ele.

Mas ao invés disso a minha vida tornou-se igual a da minha mãe. Meu marido bebia muito.

Nós morávamos e trabalhávamos em uma empresa. Minha vida era o trabalho e a casa.

Nesse tempo era espancada e sofria violência sexual.  Apanhei muito e tenho várias marcas no meu corpo até hoje, e também no rosto.

Em uma dessas brigas resolvi ir para casa dos meus pais e ao retornar após um final de semana o encontrei na nossa cama com outra mulher, ele embriagado ainda me bateu.

Decidi dar um basta nessa situação e fui embora de vez para casa dos meus pais com meus  dois filhos pequenos, de  6 e 7 anos. Tentei recomeçar minha vida. Consegui um emprego de vigilante. Pensava que as coisas iriam melhorar.

Em um domingo como de costume, ele apareceu para pegar os filhos, para passar o dia com eles.

Após algumas horas ele me ligou, bêbado e pedindo para voltar. Eu disse que não. Algumas horas depois ele me ligou novamente e disse que ia me mandar um presente. Não dei importância, pois achei que ele ia me dar alguma coisa com o intuito de voltar para ele. Passado algum tempo, ligou novamente e disse: “Vem buscar teu presente que já está aqui.”

Nesse momento gelei e sabia que algo errado tinha acontecido pelo tom da voz dele.

Resolvi ir até a casa dele e chegando lá encontrei meu filho morto. Ele matou nosso filho de apenas 6 anos asfixiado na frente do meu filho mais velho.

Peguei meu filho no colo, saí correndo para pedir ajuda, mas já era tarde demais.

Ali acabou!!!!

Eu desmoronei, queria sumir e morrer. Comecei a beber tentando esquecer, abandonei meu outro filho. Tentei o suicídio, tomei 120 cápsulas de remédio. Fiquei internada. Eu tinha perdido um pedaço meu.

Minha vida estava totalmente destruída. Entrei em depressão profunda. Esqueci de mim, não sorria mais, não me arrumava mais, não tomava banho. Existia um vazio enorme dentro de mim. Eu morri.

Estava sozinha. Sofri demais.

Denunciei e ele foi preso após três dias do ocorrido e até hoje continua preso cumprindo pena após ser condenado pela justiça.

Passei a viver com uma mágoa muito grande. Desde então me fechei, não falava sobre o assunto e nunca mais o vi.

Conheci outra pessoa, engravidei e tive uma filha. E esse parceiro me abandonou. Nada me fazia feliz.

Então recebi um convite para ir ao Projeto Raabe e ao chegar ao encontro ouvi o depoimento de uma voluntária. Pensei: “Se ela conseguiu, eu também vou conseguir.”

Desde então, não faltei a nenhum encontro e fui colocando em prática o que aprendia nas palestras. E isso me deu forças. Eu queria mudar e vencer tudo aquilo.

Então, em um dos encontros, em uma palestra, percebi que eu precisava perdoar, me livrar daquele sentimento que me fazia tão mal. Aí eu acordei para vida.
Fui a todos os encontros desde o primeiro, apenas um eu faltei. Foi nesse dia que junto ao advogado fui visitar meu ex-marido. Só tive forças, porque sabia que naquele momento as voluntárias estavam realizando o encontro. E isso me ajudou.

No presídio, conversei com ele e pedi perdão. Ele também me pediu perdão e chorou bastante.

Hoje, eu me livrei da mágoa, da tristeza e da dor.

Sou uma Raabe, uma nova mulher e sou feliz."

Izabete Raimundo



Aí eu

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